quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fotoblog: Chupada nostálgica – Dipn’Lik

por Marcelo Moraes

Você pode confundir seis com meia dúzia, meia nove com nove meia, cê senta com sessenta, mas ao chupar um pirulito com pozinho não tem erro, certo? Mesmo porque, a primeira chupada a gente nunca esquece… Calma, não se desespere. Não é nenhum texto de baixo calão, nem uma palavra mal colocada. É por isso que muita coisa nesta vida tem explicação. Não precisa esconder a criançada que estiver por perto porque, por aqui, a censura continua LIVRE!


Era uma vez, há muuuitos anos (nos primórdios da minha infância) e no colégio onde eu estudava, algo me foi oferecido para chupar (já falei pra não pensar em besteira). Aquele olhar curioso de criança me revelou uma tentação jamais descoberta até aquele momento. Mas antes de pensar em qualquer coisa, eu tinha que saber como fazer. Alguns colegas me ajudaram mostrando juntos: “você tem que dar uma chupada, passar no pó e chupar de novo; não pode deixar de chupar com o pó”… E foi, então, que eu saí correndo desesperado para aquela fila perto do banheiro. Era a fila da cantina e todo mundo só pedia uma coisa: o pirulito do pozinho! O pirulito do pozinho!  Eu, claro, já sabendo o nome do pirulito, fui logo pedindo pra “tia” da cantina: “Eu quero um dipilink!” Viu só, como eu tinha talento para pronunciar palavras difíceis desde pequeno (praticamente um mestre em trava-línguas)? Grave bem, eu disse “Dipilink”. Aquilo virou febre, moda, fenômeno. Impressionante como uma coisa simples tem o poder de se disseminar tão rápido quanto um vírus de gripe ou divisão bacteriana! Pois é, e foi assim, que durante anos que gravei na memória o tal do pirulito do pozinho. Um pirulito azedinho cujo pó açucarado (ou seria o contrário?)dava uma sensação diferente de saborear um doce. Talvez nem era tudo isso, mas a sensação da novidadde, do “todo mundo tá curtindo”, me fez lembrar até pouco tempo, quando encontrei numa loja de doces um pacote de balas de gomas cuja embalagem estampava: “Minhocas azedinhas”. Foi um flashback ao Dipn’Lik com o termo azedinha, que acabei levando o pacote para ver se eu resgatava aquele sabor. E não é que resgatou? E foi aí que tentei encontrar o tal “pirulito do pozinho” nos tempos modernos. Antes de fazer a varredura no vovô Google, fui consultar o meu manual  Anos 80 de A a Z que já comentei ano passado no post sobre a Bienal do Livro, aqui no blog. Nele, encontrei a seguinte informação: “o produto continua à venda, mas aquele bonequinho na embalagem não existe mais. Agora, quem estampa os pacotinhos são animais, como a girafa e o papagaio”.

E o vovô Google me confirmou:

dipnlik

Mas se foi coincidência ou não, muito recentemente encontrei alguns alunos, no intervalo das aulas, fazendo aquela lambança com um pacotinho que tinha um pirulito. Assim que me aproximei de um deles, veio a surpresa: Dipn’Lik! E para comprovar o que estava vendo, fui até a cantina e comprei os seus três tradicionais sabores: UVA, LARANJA E CEREJA, por uma bagatela de cinquenta centavos cada. Mas diferente do que o que o vovô Google me apontou, não encontrei nenhum bicho na embalagem, e sim, o próprio garoto loiro (ou seria garota?) de antes com o balãozinho e a frase “Que delícia!”.

Mas ao experimentá-lo, não senti aquela mesma nostalgia do "azedinho" que é o que mais me marcou, além de ser "o pirulito do pozinho". Para quem apreciou nos primórdios do seu lançamento concordaria comigo, pois para os pequenos que hoje o saboreiam, ele é o mais novo pirulito (veja na foto o detalhe de “NEW” no canto superior da embalagem). A febre entre eles se repete, assim como foi em minha época de infância, mas o gostinho azedo deu lugar ao sabor adocicado e o do pirulito nem tão apreciável, mais parecendo um apito cada vez que se dá aquela, digamos, chupada forte. Mas para quem é criança, que diferença isso faz?? Pelo que constatei: nenhuma. Portanto, contudo, somente, entretanto, como já não sou mais aquele ser mirim que disparava para a cantina com cada novidade calórica que via, e talvez tenha ficado um pouco mais exigente, eu digo e repito: não se faz mais "Dipilink" como antigamente! Mas para a memória deste blog,  ele continua sendo o mesmo pirulito azedinho que provei na infância. E nada nos impede, também, de continuarmos consumindo o pirulito do pozinho nos dias de hoje. Coisas que o tempo não apaga (e nem atrapalha) :D

Para saber mais: A empresa que produzia o pirulito com a embalagem com bichinhos é a Guari Fruits. Hoje produz os pirulitos mas com outro nome. A atual fabricante do pirulito com o nome Dipn'Lik é a Nutricandy Alimentos.
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10 comentários:

  1. nossa era azedo pra caramba, doia aquele canto da boca sabe? e dependendo dava dor de estomago, sabe-se da onde vinha aquele pózinho do capeta. massss... eu amavaaaa ahauahhauauhahuauh

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  2. Marcelo!!!!!!!!!!
    Nem acreditei qdo li seu post. Parece que voltei no tempo.............Eu adorava este pirulito!
    Parece que estou sentindo o azedinho na boca.
    Valeu pela lembrança.
    bjs

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  3. Wooowwww...
    Quem nunca chupou este pirulito?! Era O PIRULITO :o)
    Muito bom este post, bons tempos :o)
    Realmente esta chupada era (ainda é) inesquecível não é verdade ?!
    Beijo
    Até...

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  4. Prepare-se para um comentário longo hahaha!
    Meu caro Marcelo, um cara que não gosta de futebol ja sobe demais no meu conceito hahhahaha!
    Mas quanto ao pirulito... sabe ele entra na lista de um monte de coisas que faziam sentido na infãncia e hohe ficam só grilos cantando...lástimável viu.
    Ontem assistindo ao Jô, num daquelas filmadas surpresa da platéia tinha um rapazim lutando pra tirar o pirulito do palito...Han?!!!!!!
    pois é... mas adorei a tirada do Jô:
    - Meu querido não sei se vc sabe, mas foi criado um pirulito sem palito, pra quem não gosta do palito... chama-se: bala!
    Hahahahahaha!!!!!!!!!!!!!!!!
    ABRAZOOOOOOOO!

    Ps: perdoe o tom picante que se segue mas... um comentário breve quanto ao numero que vc pos na imagem do post... concordo com a maitê Proênça:
    "Você há de concordar que a postura é ingrata, a vista não é das melhores, e que se não houver cautela pode-se sair dali com um pinçamento na cervical. Além do mais, por que a pressa, por que tudo ao mesmo tempo? Parece coisa de culpa católica - é dando que se recebe, dê ao próximo o que deseja para si."
    Entre ossos e a escrita

    Adorei isso!!! HHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHHAHAHAHA!

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  5. Caraca,

    li sorrindo! Que boa lembrança dos tempos de escola, o pirulito do pozinho. Juro que não me lembrava mais dele, apesar de ter passado muitos e muitos intervalos na companhia de um. Um fato interessante: quando ele parou de ser vendido na escola (se não me falha a memória alegaram que fazia mal a saúde, pode?!) nós passamos a comprar um pirulito comum na cantina e levávamos um envelope de Q-Refresco (lembra?) para usar o pó. Acho que isso é que fazia mal a saúde, mas era uma (péssima) alternativa.

    Obrigado por recordar.

    Abraços.

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  6. Amigo Marcelo ótimo post. Honrado e feliz por visitar este importante, belo e original espaço... Registro a minha imensa satisfação ao passar aqui, valeu! Quero compartilhar com você o poema abaixo de William Shakespeare
    ”Perguntei a um sábio,
    a diferença que havia
    entre amor e amizade,
    ele me disse essa verdade...
    O Amor é mais sensível,
    a Amizade mais segura.
    O Amor nos dá asas,
    a Amizade o chão.
    No Amor há mais carinho,
    na Amizade compreensão.
    O Amor é plantado
    e com carinho cultivado,
    a Amizade vem faceira,
    e com troca de alegria e tristeza,
    torna-se uma grande e querida
    companheira.
    Mas quando o Amor é sincero
    ele vem com um grande amigo,
    e quando a Amizade é concreta,
    ela é cheia de amor e carinho.
    Quando se tem um amigo
    ou uma grande paixão,
    ambos sentimentos coexistem
    dentro do seu coração.”
    Votos de um final de semana divertido e repleto de alegria. Muita prosperidade e bênçãos. Paz, luz, saúde e proteção. Felicidades, um fraterno e caloroso abraço. Fique com Deus.
    Valdemir Reis

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  7. @Juliana
    E como lembro! As minhocas azedinhas dão aquela "cãibra" no canto da boca também..rsss

    @Kellen
    Compre as minhocas azedinhas, o endereço tá no post. Deve ter aí na tua cidade. O sabor da lembrança nelas é maior que no próprio Dipn'Lik "phênix" rsss

    @crazyangel
    Com certeza!

    @Robson
    Nossa, e eu ainda fiquei pensando: "como deve ser um pirulito sem palito"? Ainda existem crianças inocentes nesta vida...rss E o comentário da foto: é de se pensar, né? Pra que a pressa? kkkk

    @Luciano
    Esta do Q-Refresco eu não conhecia...rss Mas o fim do Dipn'Lik, segundo o blog que linko a foto do Antes e Depois, diz que poderia causar câncer. Conversa pra boi dormir? Vai saber, né? Abraço.

    @Valdemir
    Muito obrigado pela visita. Estas palavras já dizem tudo! Abraço.

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  8. Oi de novo! Marcelo, ri muito e também me enterneci ao lembrar da infância: que bom podermos lembrar dela com carinho, com tantas boas histórias (ainda que o pirulito já não tenha a mesma magia no sabor). Será que seus alunos de hoje serão os blogueiros de amanhã, feito o professor aí?(rs), é uma bênção ter uma bagagem dessas, rir e se emocionar é um misto melhor que pirulito com pozinho, por isso o segundo já ficou menos interessante para nós "pequenos" marmanjos, né? Bjins e continuarei lendo mais...

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  9. @Jô
    O bom de ter uma infância rica é o monte de ideias que ela nos traz para postar! Agora é a nossa vez de dizer o "antigamente era assim...", como faziam (fazem)os pais e avós...rss Exatamente por isso, chegar ao nível desta riqueza será difícil para estes produtos que são relançados ou se mantém no mercado atualmente.

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